Olá pessoal, nos próximos sábados iremos falar sobre as criaturas da mitologia do God of War. Como vocês sabem, Kratos é um guerreiro muito bem treinado e não tem medo de nada. Nem mesmo dessas criaturas em que nós mortais estariam morrendo de medo. Hoje iremos falar dos terceiro e quatro monstros, as Harpias e os Ciclopes.
As harpias são criaturas da mitologia grega, frequentemente representadas como aves de rapina com rosto de mulher e seios.
Por onde passavam, as harpias causavam a fome arrebatando a comida das mesas e espalhando um cheiro pestilento que ninguém conseguia retornar por onde elas tivessem passado.
Difundiam a sujeira e doença; era inútil afugentá-las pois elas voltavam sempre. Hades, o deus do inferno, contava com a ajuda delas para levar-lhe os mortos. Zeus e Hera serviam-se delas para punir aqueles que os contrariassem.
Na história de Jasão, as harpias foram enviadas para punir o cego rei trácio Fineu, roubando-lhe a comida em todas as refeições.
Os argonautas Zetes e Calais, filhos de Bóreas e Orítia, libertaram Fineu das hárpias, que, em agradecimento, mostrou a Jasão e os argonautas o caminho para passar pelas Simplégades.
Com a queda de Troia, Afrodite aconselhou seu filho Eneias a deixar a cidade levando sua família, pois lhe estaria reservado o destino de fazer reviver a glória troiana em outras terras.
No entanto, Hera ainda não havia esquecido das tramas de Afrodite que levou à destruição de Troia. Quando Enéias e seus companheiros viajavam em busca de novas terras, ao pararem na Ilha das Harpias eles mataram alguns novilhos. As Harpias iniciaram um terrível ataque roubando-lhes as carne e os amaldiçoaram lançando-lhes terríveis profecias.
As harpias também foram enviadas por Zeus para punir o Rei Phineu. Ele havia recebido de Apolo o dom da profecia com a recomendação de que jamais deveria revelar os segredos dos deuses do Olimpo. No entanto Phineu ignorou a recomendação e como castigo Zeus tirou-lhe a visão e enviou as Harpias para persegui-lo.
Quando Phineu e seu reino estavam prestes a morrer de fome, os Argonautas chegaram e expulsaram as Harpias libertando-os do tormento que elas causavam. Como elas eram imortais, foram combatidas principalmente por Zetes e Calais, os filhos do vento. Diante de suas forças, elas fugiram e se refugiaram na Ilha de Creta prometendo não mais atormentar Phineu.
Segundo Hesíodo, as harpias eram irmãs de Íris, filhas de Taumante e a oceânide Electra, e seus nomes eram Aelo (a borrasca), Celeno (a obscura) e Ocípete (a rápida no vôo).
Higino lista os filhos de Taumante e Electra como Íris e as hárpias, Celeno, Ocípete e Aelo, mas, logo depois, dá as hárpias como filhas de Taumante e Oxomene.
O mito das harpias pode ser relacionado ao comportamento compulsivo e às paixões obsessivas; por onde passam deixam um rastro de destruição. As compulsões são hábitos adquiridos para aliviar uma ansiedade ou necessidade de gratificação emocional, levando a um esforço frequente e excessivo para proporcionar um prazer imediato e passageiro ou aliviar um desprazer. Logo depois vem o remorso por não ter resistido ao impulso de realizá-lo, mas mesmo assim se torna repetitivo.
Agora vamos colocar o outro monstro de God of War, o grande e único Ciclope:
Os ciclopes podem ser divididos em dois grupos de acordo com o tempo de existência: os ciclopes antigos (ou primeira geração) e os ciclopes jovens (nova geração)
Eles aparecem em muitos mitos da Grécia, porém com uma origem bastante controversa. De acordo com sua origem, esses seres são organizados em três diferentes espécies: os urânios, filhos de Urano e Gaia, os sicilianos, filhos do deus dos mares Poseidon, e os construtores, que provêm do território da Lícia
Arges, Brontes e Estéropes são considerados os ciclopes mais antigos, descendendo de Urano e Gaia. Diz a lenda que, ao nascerem e por causa de seus enormes poderes, seu pai Urano, senhor dos céus, trancou-os no interior da Terra com seus irmãos, os hecatônquiros, gigantes de cem braços e cinquenta cabeças. Gaia, enraivecida por ter os filhos presos no Tártaro, incita-os a apoiar a guerra travada por cinco dos seis titãs, também seus filhos com Urano, a fim de tomar o trono do pai que, à época, governava o céu. Os titãs vencem, porém os ciclopes são enviados novamente para o abismo do Tártaro após uma série de traições.
Por vezes, Zeus, assim como seus irmãos Posseidon e Hades, libertava os ciclopes com a intenção de tê-los como aliados na guerra contra Cronos e os titãs. Os ciclopes, como bons ferreiros, forjaram armas mágicas e poderosas para os irmãos: Zeus recebera raios e relâmpagos; Posseidon, um tridente capaz de provocar terríveis tempestades; e Hades, o Elmo do Terror, que lhe dava invisibilidade.
Essa raça é retratada nos poemas homéricos como gigantescos e insolentes pastores fora da lei, os quais habitavam a parte sudoeste da Sicília. Não se importavam muito com a agricultura e todos os pomares cultivados naquelas terras eram invadidos por eles, quando procuravam por comida. Registra-se que, por vezes, comiam até mesmo carne humana. Por este motivo, eram considerados como seres que não possuíam leis ou moral, morando em cavernas, cada um deles com sua esposa e filhos, os quais eram disciplinados de forma bastante arbitrária pelos mesmos.
Ainda segundo Homero, nem todos os ciclopes possuíam apenas um olho no centro da testa, entretanto Polifemo, que era considerado o principal dentre todos os outros, esse sim tinha apenas um olho em sua testa. Homero ressalta, ainda, que os ciclopes descritos em seus poemas não serviam mais a Zeus e desrespeitavam o grande deus grego.
Diz-se que há, ainda, uma terceira raça de ciclopes, denominados “construtores”, provenientes do território da Lícia. Esses possuíam grandes poderes físicos e não eram violentos. Seus trabalhos eram muito pesados e nenhum humano conseguiria realizá-lo tão facilmente. Suspeita-se de que esses ciclopes sejam os responsáveis pela construção das muralhas das cidades de Tirinto e Micenas.
De acordo com alguns especialistas da teoria dos deuses astronautas, os ciclopes podem, sim, terem existido na face da Terra há muitos milhares de anos. O argumento é que há várias mitologias (grega, romana, hindu, polinésia, nativas norte-americana) diferentes que falam da existência de “homens gigantes” com um só olho na testa.
Para este grupo de pessoas, os ciclopes poderiam ser raças inferiores que os “deuses aliens” trouxeram para trabalhar como escravos aqui no planeta, e não é à toa que se tem este pensamento: em todas as mitologias e folclores que há ciclopes, eles são mostrados como seres fortes, enormes, mas com pouca inteligência e servindo aos “deuses” – seres superiores, talvez alienígenas, conforme pregam as teorias dos deuses astronautas.
No poema épico grego A Odisseia, aparece a figura do ciclope Polifemo, que é alimentado pelo herói grego Odisseu.
Essa foi a terceira parte do nosso especial, fiquem ligados para as próximas edições do nosso especial sobre as Criaturas de God of War.