Já parou para pensar como os institutos sabem exatamente o que milhões de pessoas estão assistindo? O princípio é simples: uma pequena amostra de telespectadores representa o comportamento do público geral. No Brasil, cerca de 87% das casas têm televisão – algo em torno de 39 milhões de domicílios. Mas, para medir essa audiência, o Ibope monitora apenas 3.019 lares, o que equivale a 0,008% do total.
Mas como uma amostra tão pequena pode representar um país inteiro? A resposta está na seleção estratégica das casas, feita com base em critérios socioeconômicos para refletir a diversidade da população. Se 10% da população de uma região pertence à classe A, então 10% das casas pesquisadas também devem fazer parte desse grupo.
Como a medição é feita?
Existem três formas principais de registrar os hábitos televisivos:
📋 Diário de audiência: Os moradores anotam manualmente os programas que assistiram.
📡 Aparelhos eletrônicos: Um dispositivo registra automaticamente os canais sintonizados e envia os dados uma vez por dia.
⏳ Medição em tempo real: Essa é a tecnologia mais avançada, disponível apenas na Grande São Paulo. Um sistema monitora a audiência minuto a minuto e transmite os resultados instantaneamente para as emissoras.
Como funciona a medição em tempo real?
🏠 750 casas da Grande São Paulo possuem um aparelho que registra os canais assistidos. Cada morador tem um controle remoto individual, que identifica quem está vendo TV.
📡 O dispositivo transmite os dados para antenas espalhadas pela cidade.
📊 Essas antenas enviam as informações para a central do Ibope, que compila os dados.
📺 As emissoras recebem as estatísticas em tempo real e podem ajustar sua programação com base no comportamento da audiência.
Os relatórios detalhados são enviados no dia seguinte, permitindo que as emissoras entendam melhor os hábitos dos telespectadores. Assim, um pequeno grupo de pessoas influencia o que milhões assistem na TV.