O doom metal é um subgênero do heavy metal, caracterizado por suas atmosferas pesadas, riffs lentos e letras sombrias. Embora tenha uma sonoridade que pode ser vista como “pesada”, a verdadeira essência do doom é a melancolia, o desespero e a contemplação da morte e do sofrimento. Ele nasceu no final dos anos 60 e início dos anos 70 como uma evolução natural do hard rock, mas rapidamente se distanciou dos outros subgêneros do metal, adquirindo sua própria identidade única.
As Origens do Doom Metal
O doom metal surgiu em um contexto bem específico: inspirado pelo som sombrio e arrastado do Black Sabbath. O primeiro álbum da banda, Black Sabbath (1970), é frequentemente citado como o marco inicial do gênero. A famosa “Black Sabbath”, com seu riff arrastado e atmosfera de terror, trouxe uma sensação de apocalipse que mais tarde se tornaria uma característica essencial do doom metal. O uso de notas baixas e distorcidas, juntamente com tempos lentos e pesados, cria uma sensação de opressão, que é a assinatura desse estilo.
Apesar de ser uma evolução direta do heavy metal, o doom metal se destaca por sua ênfase no peso emocional das músicas, além de introduzir elementos de psicodelia, o que o torna único no cenário musical da época.
Bandas Pioneiras e suas Contribuições
Com o tempo, o doom metal foi se estabelecendo com suas próprias características e bandas. Algumas das mais influentes incluem:
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Black Sabbath – A banda é essencial para o doom metal, especialmente com o lançamento de “Black Sabbath” e “Paranoid”. Músicas como “Iron Man” e “Hand of Doom” são fundamentais para entender as raízes do gênero.
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Pentagram – Com Bobby Liebling à frente, Pentagram é uma das bandas mais importantes para o desenvolvimento do doom nos anos 70. O álbum Relentless (1985) é uma verdadeira obra-prima, e músicas como “Death Row” e “Review Your Choices” são cruciais para qualquer fã do gênero.
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Candlemass – Essa banda sueca ajudou a popularizar o doom metal nos anos 80 e 90, com um som mais épico e grandioso. O álbum Epicus Doomicus Metallicus (1986) e músicas como “Solitude” são fundamentais para a construção do estilo.
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Saint Vitus – Uma das primeiras bandas a adicionar um toque de punk e stoner ao doom metal, com um som mais cru e direto. O álbum Born Too Late (1986) é considerado um clássico do gênero, com a faixa-título sendo um dos maiores hinos do doom.
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Trouble – Troubando a linha entre o heavy metal tradicional e o doom metal, essa banda de Chicago influenciou muitos grupos da cena. O álbum Psalm 9 (1984) é um ótimo ponto de partida, com faixas como “The Tempter”.
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Electric Wizard – Nos anos 90, Electric Wizard trouxe um som mais psicodélico e obscuro para o doom metal. O álbum Dopethrone (2000) é considerado uma das maiores obras-primas do gênero, com músicas como “Funeralopolis” e “Dopethrone” tornando-se clássicos.
Músicas Importantes para Conhecer o Doom Metal
Se você está começando a explorar o doom metal, essas são algumas das músicas essenciais que você não pode deixar de ouvir:
- Black Sabbath – “Black Sabbath”
- Pentagram – “Death Row”
- Candlemass – “Solitude”
- Saint Vitus – “Born Too Late”
- Trouble – “The Tempter”
- Electric Wizard – “Funeralopolis”
- Sleep – “Dopesmoker” (Uma das músicas mais emblemáticas do subgênero stoner doom, com mais de 63 minutos de pura imersão pesada)
O Legado do Doom Metal
Hoje, o doom metal continua sendo um gênero vital na cena do metal. Com subgêneros como o funeral doom (ainda mais lento e melancólico) e o stoner doom (que mistura o peso do doom com o groove do stoner rock), a cena continua a evoluir e a influenciar novas gerações de músicos e ouvintes.
Bandas contemporâneas como Yob, Sunn O))), Pallbearer, e Windhand continuam a empurrar os limites do gênero, levando o doom metal para novos territórios sonoros, mas sempre mantendo sua essência: a busca pela intensidade emocional e pela expressão de um peso existencial, seja ele apocalíptico, psicológico ou espiritual.