Lançado em 1999, Medal of Honor foi um divisor de águas nos jogos de tiro em primeira pessoa nos consoles. Idealizado por ninguém menos que Steven Spielberg (sim, o diretor de “O Resgate do Soldado Ryan”), o game mergulha o jogador na Segunda Guerra Mundial, colocando você no papel do tenente Jimmy Patterson, um agente da OSS — precursora da CIA — em missões secretas contra o regime nazista. Foi um dos primeiros FPS que ousou combinar ação com narrativa histórica, sem exageros hollywoodianos, mas ainda cheio de tensão e estratégia. O game exigia mais do que apenas mirar e atirar — você precisava pensar, infiltrar e sobreviver.
🎮 Jogabilidade
No melhor estilo “old school”, os controles eram meio duros comparados aos padrões de hoje, mas muito funcionais pra época. Cada missão tem objetivos claros: destruir instalações, interceptar comunicações, sabotar trens, e até se infiltrar disfarçado com uniformes inimigos (!). Era um mix de ação tática e stealth que deixava o jogador sempre na ponta da cadeira.
As armas? Um arsenal clássico da Segunda Guerra: pistola M1911, Thompson, rifle Mauser, granadas — todas com sons e recarregamentos que hoje são puro charme retrô. A trilha sonora, orquestrada e épica, foi feita por Michael Giacchino, que mais tarde trabalharia em Lost e Star Trek.
🕵️♂️ Curiosidades
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O roteiro foi supervisionado por consultores militares para garantir autenticidade nas missões e estratégias usadas pela OSS.
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Steven Spielberg criou o jogo para seu filho, que adorava videogames, mas ele queria que tivesse algo com conteúdo histórico e educativo.
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O jogo foi um sucesso tão grande que originou uma das maiores franquias de guerra dos games, que mais tarde inspiraria até Call of Duty.
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Existem documentos e papéis secretos colecionáveis escondidos em algumas fases, o que incentivava a exploração mesmo depois de terminar os objetivos principais.
🔥 Dica do Fox:
Na missão onde você precisa se infiltrar com uniforme inimigo, não saque nenhuma arma! Agir “normalmente” é essencial — os guardas podem suspeitar se você correr, mirar ou andar colado demais. Se for descoberto, sai de fininho ou muda de plano rapidinho.
🏁 Nota Final: 8,5/10
Medal of Honor é um marco. Gráficos modestos hoje, mas impressionantes pra época, trilha sonora inesquecível, e jogabilidade que misturava ação com inteligência. Pode parecer lento comparado aos jogos modernos, mas a ambientação e o respeito à temática histórica fazem dele um clássico absoluto. É uma aula de design e narrativa num disquinho de PS1.