Depois do sucesso do primeiro Medal of Honor, a sequência não só manteve o nível, como ousou ainda mais. Medal of Honor: Underground trocou os campos de batalha americanos por uma história mais íntima, intensa e corajosa: você controla Manon Batiste, uma jovem francesa que entra para a Resistência após a invasão da França pelos nazistas. E mais: Manon não é uma personagem qualquer. Ela já era mencionada como espiã da OSS no primeiro jogo, e sua criação foi inspirada em verdadeiras heroínas da resistência europeia. O jogo expande o universo da franquia e dá protagonismo feminino a um FPS, coisa raríssima nos anos 2000.
🎮 Jogabilidade
A base é a mesma do primeiro jogo, mas com melhorias. Manon se move com mais fluidez, os mapas são mais variados e o arsenal agora inclui explosivos improvisados, pistolas com silenciador e até bazucas.
O legal é que agora as missões se passam em vários países, incluindo França, Alemanha, Itália, Marrocos e até a fictícia fortaleza dos nazistas com experimentos secretos (sim, o jogo dá uma leve escorregada pro sci-fi, mas de forma divertida). Cada fase exige que o jogador seja sorrateiro, observador e certeiro — não dá pra sair atirando como louco.
🕵️♀️ Curiosidades
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Manon foi baseada em histórias reais de mulheres da resistência — o enredo é fictício, mas os eventos são inspirados em ações que realmente ocorreram.
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Michael Giacchino voltou pra compor a trilha sonora, mais uma vez trazendo um clima cinematográfico épico.
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Foi o último Medal of Honor exclusivo do PS1, antes da série migrar para o PS2 com Frontline.
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Algumas fases têm “easter eggs” e missões bônus secretas se você explorar bem (inclusive uma fase final em preto e branco ao estilo filme antigo!).
🔥 Dica do Spike:
Na fase “Panzerknacker Unleashed”, onde você enfrenta soldados com armaduras robóticas (!), use explosivos e fique em movimento. É uma das fases mais viajadas e difíceis do jogo — mas também uma das mais memoráveis.
🏁 Nota Final: 8,7/10
Medal of Honor: Underground manteve o espírito tático e realista da série, mas trouxe um frescor ao colocar uma mulher como protagonista, além de ampliar o escopo das missões e cenários. O jogo mistura ação, stealth e narrativa histórica com muito estilo, e mostra que a guerra não era feita só de soldados — mas também de coragem civil. Ainda é um título que vale a pena revisitar, seja pela gameplay ou pelo impacto que causou na época.