Nos anos 90, os jogos de luta viraram febre mundial com o estouro de Street Fighter II e Mortal Kombat. Essa popularidade abriu caminho para uma enxurrada de títulos, muitos tentando se destacar com ideias inovadoras. Alguns conseguiram — e até deixaram sua marca — mas com o tempo foram engolidos pela indústria. Entre eles, franquias como Samurai Shodown e Bloody Roar ainda são lembradas com carinho pelos fãs. Vamos revisitar esses clássicos que fizeram barulho, mas acabaram esquecidos.
Art of Fighting (1992 – Arcade, Neo Geo, Super Nintendo, Mega Drive, PC Engine CD)
Produzido pela SNK, Art of Fighting foi um dos primeiros jogos a apresentar uma narrativa sólida dentro do gênero. Ele se passa antes dos eventos de Fatal Fury e trouxe inovações como super golpes, cenários interativos e personagens com sprites grandes e expressivos.
🧠 Curiosidade: Foi um dos pioneiros no uso de barras de energia e ataques especiais com barra de super, elementos que se tornariam padrão nos jogos de luta.
World Heroes (1992 – Arcade, Neo Geo, Super Nintendo, Mega Drive)
Resultado de uma parceria entre a SNK e o estúdio ADK, World Heroes trazia lutadores inspirados em figuras históricas, como Joana d’Arc e Bruce Lee. O destaque ficava para o modo “Death Match”, com ringues repletos de armadilhas que causavam dano durante a luta.
🧠 Curiosidade: Esse modo com espinhos, eletricidade e outros perigos dava ao jogo um estilo mais caótico e imprevisível.
Clay Fighter (1993 – Super Nintendo, Mega Drive)
Com visual e proposta totalmente diferentes, Clay Fighter trocou a pancadaria séria por humor pastelão. Os personagens, feitos em massa de modelar, soltavam golpes bizarros e efeitos sonoros hilários.
🧠 Curiosidade: O game se tornou cult graças ao seu estilo único. A série chegou até o Nintendo 64 com Clay Fighter 63⅓, mas depois foi engavetada.
Samurai Shodown (1993 – Arcade, Neo Geo, Super Nintendo, Mega Drive)
Outro grande nome da SNK, Samurai Shodown se destacava por focar em combates com armas brancas. A tensão era parte da jogabilidade: um único golpe bem dado podia virar a partida. A estética japonesa e o clima de duelo deram ao jogo um charme único.
🧠 Curiosidade: Foi um dos primeiros a usar câmera lenta nos golpes mais impactantes, criando um efeito visual dramático que virou tendência.
Primal Rage (1994 – Arcade, Super Nintendo, Mega Drive, PSOne, Saturn, entre outros)
Trocando humanos por criaturas pré-históricas, Primal Rage colocou dinossauros e monstros em combates brutais. A possibilidade de devorar humanos para recuperar energia causou polêmica, mas ajudou o jogo a se destacar.
🧠 Curiosidade: Seus personagens foram animados com a técnica de stop-motion, dando aos movimentos uma aparência única. Um segundo jogo chegou a ser desenvolvido, mas foi cancelado e só existe como protótipo.
Finalizando a luta…
Esses jogos podem não estar mais nas prateleiras ou nos lançamentos atuais, mas ainda vivem na memória dos fãs que cresceram nos fliperamas ou nos consoles da época. Foram criativos, ousados e ajudaram a moldar o que conhecemos hoje no universo dos jogos de luta.
Quem sabe algum dia eles tenham a chance de voltar aos ringues?