A temporada 3 de Jujutsu Kaisen vai elevar o padrão do Shonen moderno
Depois do sucesso estrondoso do Arco do Incidente de Shibuya, “Jujutsu Kaisen” se prepara para retornar com sua terceira temporada — e as expectativas estão nas alturas. Adaptando o Arco do Jogo do Abate (Culling Game), a nova fase promete não apenas superar o caos e a intensidade vistos anteriormente, mas redefinir o que o público espera de um anime shonen moderno.
A trama mergulha no pós-guerra espiritual que abalou o Japão e coloca Yuji Itadori, Megumi Fushiguro e Yuta Okkotsu em uma corrida desesperada contra feiticeiros de eras passadas e novas ameaças sobrenaturais. O tom se torna ainda mais sombrio, enquanto os limites da feitiçaria e da moralidade são testados de maneiras que poucos animes se arriscaram a explorar.

O estúdio MAPPA, conhecido por sua animação impecável e ritmo cinematográfico, volta a liderar a produção — e já há rumores de que alguns dos diretores responsáveis por episódios lendários do arco anterior estão retornando. Ou seja: podemos esperar batalhas coreografadas com precisão cirúrgica, trilha sonora intensa e uma fotografia que beira o nível de um filme.
Mas o que realmente faz “Jujutsu Kaisen” se destacar entre os shonens contemporâneos é a coragem em quebrar fórmulas previsíveis. Ao invés de seguir o caminho da amizade e superação pura, a obra de Gege Akutami mergulha em temas como o peso da culpa, o valor da vida e a inevitabilidade da morte. Cada personagem carrega cicatrizes reais — e cada decisão tem consequências.
Com uma legião de fãs ao redor do mundo e discussões fervendo nas redes sociais, a terceira temporada tem tudo para consolidar Jujutsu Kaisen como o “novo parâmetro” do gênero, assim como “Attack on Titan” fez em sua época.
Se o que vimos em Shibuya foi o colapso do mundo dos feiticeiros, o Culling Game promete ser o renascimento do caos em sua forma mais brutal e artística.
A pergunta que fica é: estamos prontos para o próximo nível do shonen moderno? Porquê eu que já li o mangá não estou.

